Homicidas do Mota Jr são condenados a 23 anos de prisão em Portugal

 
Nessa quarta-feira (24), o Tribunal de Sintra em Portugal, condenou os três acusados do homicídio do rapper Mota Jr a 23 anos de prisão em cúmulo jurídico, tendo considerado provados todos os crimes da acusação. Catarina Belo, conhecida como o isco usado pelos homicidas para atrair o rapper, foi condenada a quatro anos e seis meses.


João Pedro Luizo, Édi Barreiros e Fábio Martins foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado, roubo agravado, sequestro, profanação de cadáver e furto qualificado. Ficam obrigados ao pagamento de uma indemnização à família no valor de 260 mil euros.


A arguida Catarina Sanches foi condenada a quatro anos e seis meses de prisão de pena efetiva pelo crime de roubo agravado, que a juíza presidente do tribunal coletivo considerou ter sido em coautoria com os restantes arguidos e não apenas em "mera cumplicidade", o que argumentou ser justificação para não aplicar uma pena suspensa, que seria possível numa condenação inferior a cinco anos de prisão. 


O acórdão foi lido pela juíza presidente do tribunal coletivo, Susana Madeira, no Tribunal de Sintra e vai ao encontro das pretensões manifestadas pelo Ministério Público (MP) nas alegações finais. 


Pedro Namora, o advogado que representa a família do rapper e é assistente no processo, disse concordar com a decisão do tribunal relativamente ao pagamento de uma indeminização, mas disse que iria continuar a lutar que a "efetivamente a família seja ressarcida do horrível crime que sofreu", deixando críticas às molduras penais em Portugal que permitem que arguidos condenados por tantos crimes apenas sejam condenados a 23 anos de prisão. 


Mota Jr foi morto aos 28 anos, no 14 de março de 2020, no Cacém, e o seu corpo foi encontrado numa zona descampada em Sesimbra dois meses depois.

0 Comentários

Postar um comentário

Comentários (0)

Anterior Próximo